sábado, 16 de janeiro de 2010

CD DE FORRÓ NO GRAMMY


O disco de forró que quase ganhou o "Oscar da música"
Escrito por Gilson Oliveira

Gravado no Recife em 1980, onze anos antes de concorrer ao grande prêmio internacional, Brazil: Forró não levou o primeiro lugar em sua categoria por apenas um ponto


Em 1991, uma informação chegou à imprensa de todo o Brasil, deixando os editores surpresos e desconfiados: um CD de forró tinha não apenas sido indicado ao Grammy, como poderia figurar na relação de finalistas do prêmio na categoria Traditional Folk.
Como, à época, ainda não existia o Grammy Latino, criado em 2000, isso significava que forrozeiros estavam concorrendo a um prêmio acirradamente disputado pelas multinacionais do disco e astros e estrelas internacionais.
Comprovada sua autenticidade, a informação deixou ainda mais perplexos os jornalistas, ao descobrirem que o disco, na verdade, fora produzido no longínquo ano de 1980, em um pequeno estúdio recifense, e focalizava as obras de artistas desconhecidos até mesmo em Pernambuco.
O significado do fato para a história da música brasileira fez com que jornais de várias partes do país lhe dedicassem preciosos espaços, inclusive chamadas de primeira página e capas de cadernos culturais, principalmente no dia da festa de entrega do prêmio, em 20 de fevereiro de 1991. O entusiasmo atingiu também as outras mídias.
Em seu programa no SBT, disse Jô Soares, ao se referir a Zé da Flauta, produtor do disco: “Vou apresentar um pernambucano que conseguiu um feito que nem George Martin, produtor dos Beatles, conseguiu. Ele levou para o Grammy quatro rapazes de Caruaru. George Martin não conseguiu fazer o mesmo com os quatro rapazes de Liverpool”.

Leia a matéria na íntegra na edição 102 da Revista Continente.

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