domingo, 28 de fevereiro de 2010

GONZAGUIANAS

Pois é, o carnaval passou e o São João se aproxima. Então vamos falar de forró e do seu mundo. Aqui seguem umas curiosidades de Luiz Gonzaga. Ele tb tinha a maior bronca com a Ordem dos Músicos do Brasil, odiava a instituição e não entendia pra quê ela existia, como todos os músicos!
Tirada de uma matéria de Zé Teles no JC.

FISCAL FULEIRO

Certa vez, nos estúdios da RCA, no Rio, Gonzagão ameaçou bater num fiscal que lhe exigia a famigerada carteirinha da Ordem dos Músicos. Não se sabe como, o fiscal entrou no estúdio. Quando Gonzagão soube que o sujeito ameaçava parar a gravação se não visse as carteiras da Ordem, correu atrás dele. Acuado num canto da sala, o fiscal afinou: “Seu Luiz, pelo amor de Deus não faça nada comigo não, Sou seu fã. Lá em casa tem até um pé de laranja que tem seu nome”.

FISCAL FULEIRO 2

Outro episódio com um fiscal da Ordem dos Músicos aconteceu em Arcoverde, no Agreste pernambucano. Quem conta o caso é Arlindo dos Oito Baixos, sanfoneiro que acompanhou Luiz Gonzaga em shows pelo Nordeste durante 18 anos. “A gente ia tocar em praça pública, em cima de um caminhão. Quando seu Luiz ia subindo, um rapaz falou com ele. Queria ver a carteira da Ordem”. O que Gonzagão mostrou ao rapaz foi um gesto universal. Estendeu-lhe a mão, com o dedo médio em riste, e foi curto e grosso: “Aqui pra tu, ó!”.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

FIM DO CORDEL!


Cordel do Fogo Encantado anuncia o fim das atividades

Em comunicado oficial divulgado no seu site, nesta quarta-feira, a banda Cordel do Fogo Encantado anunciou o fim das atividades. O motivo alegado foi o desligamento do vocalista e líder, José Paes de Lira, o Lirinha, que revelou sua saída do grupo em uma nota à parte, no mesmo site.

Considerada um dos expoentes da música brasileira, o Cordel do Fogo Encantado encerra a carreira após 14 anos de estrada, três deles com com a peça teatral homônima e 11 com a banda. Nos últimos anos, Lirinha já vinha se dedicando profundamente à carreira de ator. O monólogo “Mercadorias do Futuro” lhe rendeu boas críticas.

“Revelo, por respeito aos que me acompanham, a minha vital necessidade de trilhar novos caminhos. É com muita dificuldade que redijo essa informação, devido ao imenso amor que eu sinto pelo público e pelos meus companheiros/guerreiros do projeto.", escreveu o líder do grupo. A última apresentação do Cordel ocorreu na madrugada da segunda-feira de carnavel deste ano.

Confira na íntegra o comunicado de Lirinha:

O grupo que é independente desde a sua origem, com integrantes do sertão de Pernambuco (Arcoverde) e do Morro da Conceição (Recife) se tornou uma das bandas mais ativas do cenário de shows da música brasileira. Isso aconteceu com a total entrega dos participantes e a verdade da mensagem emitida.

É com muita dificuldade que redijo essa informação, devido ao imenso amor que eu sinto pelo público e pelos meus companheiros/guerreiros do projeto.

Revelo, por respeito aos que me acompanham, a minha vital necessidade de trilhar novos caminhos.

Ajudei a desenvolver um dos espetáculos mais originais da cultura pop do país e é com esse sentimento de orgulho que sigo em frente.

Com a certeza de que o fogo da nossa poesia e da nossa música nunca se apagará e que nossa força é infinita.

Abraço forte,

José Paes de Lira, Lirinha.


Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

JIMI HENDRIX INÉDITO!

Chega em março disco inédito de Jimi Hendrix

Disco é lançado quase 40 anos após a morte de Hendrix
Disco é lançado quase 40 anos após a morte de Hendrix
Foto: Divulgação

Entra ano, sai ano, lançamentos póstumos envolvendo Jimi Hendrix Jim Morrison, Janis Joplin e Kurt Cobain - roqueiros que coincidentemente se tornaram verdadeiras lendas após morrerem com a mesma idade, 27 anos - entopem as prateleiras das lojas. A bola da vez é Jimi Hendrix, com o álbum "Valleys of Neptune", previsto para chegar ao mercado no início de março.

Lançado quase 40 anos após a morte de Hendrix (ocorrida nas primeiras horas de 18 de setembro de 1970, em Londres), o disco tem 12 gravações inéditas feitas pelo guitarrista, registradas entre fevereiro de 1969 e maio de 1970, no período posterior ao álbum "Eletric Ladyland" (1968), em sessões ao lado de seu trio Jimi Hendrix Experience.

Diferente da maioria dos discos do artista lançados postumamente que apresentam registros de apresentações ao vivo, como a histórica de Woodstock, "Valleys of Neptune" traz algumas composições que já haviam aparecido em outros álbuns de Hendrix, mas desta vez em gravações feitas em estúdio. E não há surpresas em nenhuma das faixas, elas apenas ratificam a genialidade de Hendrix que o imortalizou, se não o maior, como um dos maiores guitarristas de todos os tempos.

O disco abre com um petardo, "Stone Free", que havia sido lançada originalmente em 1967, no antológico "Are You Expererienced". A versão agora revelada é uma gravação completamente diferente da original, mas que naturalmente preserva a guitarra distorcida e delirante de Hendrix.

Na sequência, a música que batiza o disco, "Valleys of Neptune", impressiona pela limpeza do som e as convenções e breques certeiros e entrosados de Hendrix com Mitch Mitchell (bateria) e Billy Cox (baixo). Gravada entre setembro de 1969 e maio de 1970 a versão tocada pela banda inteira nunca havia sido apresentada anteriormente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agência Estado

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

GREIA NO POLO MANGUE


Quanta Ladeira faz as pazes com o público no domingo do Rec Beat

Publicado em 14.02.2010, às 19h37

Paulo Floro Do JC Online

Quem esperava outra coisa? Esta edição 2010 do Quanta Ladeira lotou o Polo Mangue, no Cais da Alfândega, no fim da tarde deste domingo (14). A turma de Lula Queiroga empolgou a plateia com hits famosos que fazem paródia de hits da música pop e do Carnaval do Recife. Algumas presenças foram sentidas, como Nena Queiroga, a mais empolgada da "ala" feminina do bloco, e Lenine, que também não foi à prévia. Silvério, por conta do trânsito, quase não chega.

BLOG DE JAMILDO
Quanta Ladeira não perdoa ninguém [+ VÍDEO]

Serra também entra na roda [+ VÍDEO]
Na versão do Quanta Ladeira Dilma é ´otara´ [+ VÍDEO]

Depois de críticas à prévia realizada quinta-feira passada, o bloco mostrou que funciona mesmo é embebido no caos do Carnaval do Recife Antigo. Estiveram no palco os mestres de cerimônias habituais - Lula Queiroga, Zé da Flauta, Luciano Queiroga - e participações de Júnio Barreto, Vitor Araújo (habituée), Thalma de Freitas, o roteirista e escritor Bráulio Tavares e uma tímida Fernanda Takai. Ela, inclusive, se assustou um pouco com a tiração de onda que não perdoa artistas consagrados nem políticos. Não quis se arriscar na música-tema do bloco em que todo mundo mostra interesse em comer o cê-ú de todo mundo.

Thalma foi o destaque num palco de poucas mulheres. Ela cantou, se mostrou entrosada no palco - como Fafá de Belém na prévia - e até roçou num Vitor Araújo chapado. Poucos políticos baixaram no bloco, mas nada que tirasse a força da ideia de chacotar com todos. O QL, em ano de eleições, está mais interessado em tirar onda com gente de porte nacional como Dilma Rousseff e José Serra.

"Ano que vem, estaremos aqui de novo nesta m*rda", diz Lula Queiroga. O bloco, enfim, pode ter mostrado estar "de boa" com o tamanho que se tornou.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

TONELADAS DE GRÉIA!

Thiago Corrêa // Diario de Pernambuco

Todo ano é o mesmo mistério, vai chegando o carnaval e as dúvidas rondam sobre a reedição do bloco Quanta Ladeira. Avessa a desfiles, a trupe carnavalesca monta sua concentração novamente no Poço da Panela e faz sua já tradicional prévia hoje, a partir das 20h, no Sítio Zé Donino.

Lula Queiroga, Zé da Flauta e Lenine fazem parte da "gangue" que não perdoa os políticos e os escândalos. Foto: Paulo Pereira/Divulgação
Como esquente, tem a apresentação do DJ 440. Depois o palco será invadido pela gangue de Lula Queiroga, Lenine e Zé da Flauta. Além deles, já confirmaram presença a cantora Fafá de Belém (de melindrosa estilizada), Chico César, Zé Renato, Paulinho Moska, Silvério Pessoa, China e Luiza Possi. Mas outros nomes famosos são bem-vindos e devem aparecer por lá.

"Já tem um monte de gente, Beyoncé disse que ia. Madonna também vai aparecer com Jesus. Não ria, não, porque é verdade", garante Zé da Flauta. Outro que ele também confirma a presença é o homenageado do carnaval, Getúlio Cavalcanti. "Você veja, até a velha guarda entrou na putaria. Ele vai cantar uma versão de Nelson Ferreira, Antigos bacanais", conta Zé da Flauta. Na apresentação,ainda entram os sucessos Se a mulher encher (paródia de Quando a maré encher), Para comer seu c... falta uma polegada (de Meu maracatu pesa uma tonelada) e a nova versão de Manguetown - Cheio de pau.


Fafá de Belém irá vestida de melindrosa estilizada. Foto: Paulo Pereira/Divulgação
Segundo Zé da Flauta, as novas músicas ainda não estão prontas, devem ser feitas pouco antes da prévia. "Esse ano foi muito corrido, por enquanto só temos as ideias", despista ele. Mas - se no ano passado foram lembrados os peitinhos da primeira-dama francesa Carla Bruni, o presidente Barack Obama e o castelo do deputado federal mineiro Edmar Moreira -, na pauta de 2010 estão o caso dos panetones em Brasília, a estudante do vestidinho Geysa Arruda, o escândalo do superfaturamento de shows envolvendo o ex-secretário Silvio Costa Filho e o fim da parceria entre João da Costa e João Paulo. "Todo mundo que vai concorrer à eleição está com forte chance de aparecer", adianta.

Quem ainda não garantiu um dos 2 mil ingressos colocados à venda antecipadamente para a prévia do bloco Quanta Ladeira, então é bom chegar cedo hoje no Sítio Zé Donino, no Poço da Panela. Para fugir do esquema de cambistas, a produção do evento resolveu não vender mais ingresso, mas o acesso ao local da apresentação que estará custando o mesmo preço de R$ 20. Pagou, entrou. "Não entendo essa agonia, a gente é um bando de velho feio. Da próxima vez vão ter que fazer um show de Rolling Stones no Marco Zero para a gente fazer a prévia no mesmo horário", brinca Zé da Flauta. Mais mil pessoas vão poder assistir à greia. As camisas também estarão à venda.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O VENENO DO QUANTA

Irreverência

Quanta Ladeira destila seu veneno em prévia disputada no Recife

Publicado em 10.02.2010, às 22h48

Luís Fernando Moura Do Caderno C
Lula Queiroga (foto) comanda a farra que tem Chico César e Fafá de Belém entre os letristas que satirizarão tudo e todos
Lula Queiroga (foto) comanda a farra que tem Chico César e Fafá de Belém entre os letristas que satirizarão tudo e todos
Heudes Régis/ JC Imagem

Em duas horas e trinta e seis minutos, cinco mil ingressos para a prévia do Quanta Ladeira evaporaram: todo o volume disponível para a venda antecipada. Lula Queiroga, frontman da festa, revela o susto ao JC. “Estamos passando por uma angústia geral, isso se tornou uma loucura. Virou um negócio que ninguém esperava”, diz. Para quem ainda quiser tentar um passaporte, resta chegar antes das 20h desta quinta-feira (11) no Sítio Zé Donino, no Poço da Panela. Neste horário, os portões se abrem para pouco mais de mil felizardos, em esquema pagou-entrou, na boca do caixa. Depois disso, só a reprise aberta ao público, durante o Festival RecBeat, às 17h do próximo domingo.

Enquanto a fila anda (deve deixar tristonhos do lado de fora), o DJ 440 fez test drive das picapes. Dá a largada às 21h. Seu set colorido – na prévia do Guaiamum Treloso, foi de Nação Zumbi a Beyoncé – é seguido pela batucada da Escola de Samba Preto Velho, que faz festejo das 22h até cerca de meia-noite. Então vamos ao que interessa.
Fafá de Belém, Junio Barreto, Chico César, Luiza Possi, Zé Renato, Moska e Júnior Black são alguns dos nomes citados por Lula, entre certos ou mais-que-prováveis para dar pinta no disparate anual. Aqui cada convidado faz fila para lançar paródias ácidas sobre tudo e qualquer coisa mais deste mundo. Isso sem contar o miúdo da organização, que tem gente como Lula, Nena Queiroga e Zé da Flauta, confirmadíssimos, claro, e cheios de veneno entre os dentes. “Não pegamos leve com ninguém”, diz Lula.

Critérios para participar são desprendimento, pois o bloco é pausa na etiqueta profissional da boa música, e imprevisibilidade, já que ninguém tem visita 100% confirmada, mas (quase) qualquer um tem lá sua chance de dar a graça piadista. “Nem falei com Arnaldo Antunes, mas as pessoas aparecem. Você acha que a gente convidou Pitty no ano passado? Ou Nelson Motta? Nelson saiu dizendo ‘este aqui é o melhor bloco do Brasil’. Ah, ninguém cai mais nessa”, ironiza Lula.

Tem quem faça que nem Caetano, todo atrasado. Ligou já no dia do encontro: “Posso ir?”, perguntou no último Carnaval. Resposta é sempre sim. “Desta vez, Fafá de Belém disse que vinha de qualquer jeito. Ficou horas lá no hotel fazendo paródia. Chico César questionou: ‘queria saber se vocês vão me receber’”, diz o músico, desdenhoso da parcimônia. “Chico tem o espírito da coisa. É que nem Moska, que é um cara espirituosíssimo. A gente vai jogando e as pessoas vão improvisando. Tá todo mundo assumindo um risco ao participar”, continua.

Tudo começa em clima de botecão, afirma Lula. “Parece quem ninguém tá a fim de nada”, diz. “Então vamos fazendo letras em conjunto. Lenine às vezes participa por telefone, a gente vai trocando ideias”, continua. “O bom do Quanta Ladeira é que a gente tá na média comum, tá na mediocridade. Fala de uma forma que o leigo vê, e ele vê tudo embaçado”, diz.

“Qual o tema deste ano?”, faz pergunta retórica. “Não tem tema nenhum, tem todos os temas. Zé Mayer, Dilma, Serra, Arruda. O Quanta Ladeira é um bloco sem linha de raciocínio e com esquizofrenia de critérios”, afirma. Não adianta a insistência, Lula guarda as novas letras para a surpresa da hora – nada vaza aqui! – e lamenta: dada a pompa (haja responsabilidade em ser mega-evento), desta vez vão precisar passar som. “Mas informalidade a gente não perde nunca. Até porque não tem luxo nenhum, não tem camarote, quem quiser fica em pé mesmo”, diz.
Esta empresa carnavalesca é do tipo que bomba mesmo sem um tostão revertido em publicidade, tudo via boca boca de brodagens e furo de blogueiros. “Digitei ‘ingressos Quanta Ladeira’ no Google e saíram 58 mil resultados”, conta Lula com espanto risonho. “O negócio se tornou enorme. Tanto que a história de que vamos acabar todo ano é verdade mesmo, todo ano acaba. A gente pensa em criar outro bloco, com outro nome. Mas a pressão é grande”, diz..

Como grife só é grife quando se eterniza, Gadelha, Gil Vicente, Zé Cláudio, Márcio Almeida e até Fafá de Belém (multiartista nata) pintaram camisetas oficiais para distribuir entre os amigos durante a prévia. “Não tem outro bloco no Brasil que faça sátiras como essas, com sexo, drogas e corrupção”, diz Lula. Cede à observação eufórica de Nelson, o crítico folião.

Serviço

Quanta Ladeira ? Quinta (11), a partir das 21h, no Sítio Zé Donino (Poço da Panela). Ingressos: R$ 20 e R$ 30 (com camisa). Abertura dos portões e venda de ingressos: 20h.

AINDA TEM INGRESSOS!

As pessoas que reservaram ingressos comigo e não conseguiram pegar, muita atenção: A produção do Quanta Ladeira manda avisar que terão muitos ingressos para vender na hora da apresentação no Poço da Panela nesta quinta dia 11/02. NÃO COMPREM DE CAMBISTAS!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

RESERVAS DO QUANTA!


ATENÇÃO:
As pessoas que reservaram ingressos comigo, devem procurar na loja Passadisco, no Shopping Sítio da Trindade, Estrada do Encanamento, 480/ loja 12, Casa Forte, fone: 3268-0888, a partir de segunda feira, dia 8, à tarde.
A lista com os nomes vai estar lá.
A venda antecipada esgotou. Agora só no dia 11 no local do show.



ALCEU, AO NOSSO JEITO!

JC: Você nunca ouviu Alceu Valença dessa maneira

Em “Alceu ao Nosso Jeito”, Hanagorik regravou 14 músicas de Alceu Valença.



Você nunca ouviu Alceu Valença dessa maneira

Banda Hanagorik finaliza seu sexto álbum da carreira, um disco-tributo ao roqueiro menos assumido do País

Por Marcos Toledo
Publicado em 31.01.2010

Um dos motivos pelos quais a cultura pernambucana é tão divertida e dá tantos panos para as mangas é sua controvérsia. Muito longe de ser absoluta, é algo que por mais que se analise, estude, não dá para entender. O que dizer, por exemplo, de uma cidade como Surubim, localizada na região do Agreste, a 134 quilômetros do Recife, terra de artistas como Chacrinha e Capiba, e que possui uma das cenas de rock mais consolidadas do Estado? Pois foi lá que surgiu, há 19 anos, a banda de thrash metal Hanagorik, um dos expoentes dessa cena, que agora se prepara para lançar um álbum em tributo ao cantor e compositor Alceu Valença.

Alceu ao nosso jeito, sexto disco da carreira do grupo, reúne 14 canções do menestrel de São Bento do Una (também no Agreste) basicamente dos anos 70 e 80 (a exceção fica por conta de uma canção do início dos anos 90, confira no quadro ao lado). Um petardo sonoro gravado em Surubim e no Recife que já surge como um dos álbuns mais aguardados e candidato a um dos melhores do ano. Duvida? Pois nem precisa esperar muito para ouvir. Na próxima Quarta-Feira de Cinzas, dia 17 de fevereiro, o grupo apresenta algumas da canções em show no Polo Casa Amarela do Carnaval Multicultural do Recife. O JC, porém, já conferiu o CD, que está sendo masterizado no conceituado estúdio Sterling Sound, em Nova Iorque.

Numa primeira audição são vários os pontos que chamam a atenção nesse trabalho. A começar pela escolha do repertório, o qual sobressai uma característica negada pelo próprio autor que se autodenomina artista da música pernambucana, nordestina, brasileira: a de um roqueiro. Quem sempre percebeu Alceu como roqueiro, ao jeito da Hanagorik vai poder ouvir com fidelidade.

Muito disso se deve aos arranjos assinados pelo guitarrista Tuca Araújo, que deu nova roupagem às composições capaz de fazê-las dialogar com um público mais jovem e avesso a sonoridades antigas, mas sem perder a essência, que são as belas melodias das canções. Estamos falando de sonoridades e apuro de arranjos de grupos como Alice in Chains, Soundgarden, Stone Temple Pilots e Audioslave. Trabalho surpreendente, minucioso, de todo o instrumental, inclusive os vocais.

O CD foi gravado totalmente no estúdio da banda, em Surubim, e teve a bateria regravada no estúdio Carranca, no Recife, onde também foi feita a mixagem. A masterização (processo de finalização da obra, antes da prensagem, que buscar obter o melhor ganho/qualidade de som possível do material registrado) está sendo feita nos EUA a cargo de Joe Franco, profissional por cujas mãos já passaram trabalhos de artistas como Coldplay, AC/DC, Aerosmith, Bad Company, Ben Harper, Beatles, Bob Dylan, Bon Jovi, Cat Stevens, Deftones, Duran Duran, Green Day, Jimi Hendrix e Led Zeppelin, entre outros.

Quem assina a produção é Zé da Flauta, que já tocou na banda de Alceu e tem várias canções compostas em conjunto com o cantor, duas delas presentes no álbum da Hanagorik. O produtor, que participa de duas faixas, lança o disco de forma independente, após o Carnaval (provavelmente em março) por seu novo selo Cênica. A distribuição ainda está em negociação. “Está sendo um tesão enorme para mim produzir este disco”, externa Zé da Flauta confessando ainda que gostaria de ter gravado o CD no estúdio Abbey Road, a casa dos Beatles, na Inglaterra. “Sempre ouvi Alceu assim. (Cada música) está do jeito que sempre quis que ficasse. Por mais que ele negue, Alceu é o roqueiro menos assumido do Brasil. (Com a Hanagorik) a poesia dele pulou fora, aflorou.”

A set list começa com Sol e chuva, que tem abertura épica. Como todo o repertório, a faixa tem o peso da Hanagorik, contudo, como já foi dito, preserva a linha melódica original proporcionando uma sonoridade de rock clássico, vintage.

Em se tratando de um álbum-tributo não foi conveniente a participação de Alceu direta na gravação. O compositor, porém, aparece rapidamente sampleado em músicas como Na primeira manhã e Edipiana nº 1. Outros artistas, entretanto, foram convidados. O próprio produtor Zé da Flauta, além de tocar em Papagaio do futuro, põe seu instrumento em Vou danado pra Catende junto com a guitarra de Paulo Rafael (que toca com Alceu há três décadas) e o tricórdio de Lula Côrtes, como na versão original.

Tuca enfatiza que Alceu ao nosso jeito não é um projeto paralelo de sua banda. “É um disco de carreira da Hanagorik e um tributo a Alceu Valença”. Já para o homenageado, o quinteto de Surubim foi quem melhor entendeu sua música. “(Na minha música) dou um sotaque um pouquinho de rock. Roqueiro é outra coisa. A Hanagorik explicitou esse timbre (de rock).

Repertório:
01. Sol e Chuva
02. Rajada de Vento
03. Papagaio do Futuro
04. Na primeira manhã
05. Que grilo dá
06. Vou danado pra Catende
07. Fé na perua
08. Edipiana n1
09. Cavalo de Pau
10. Agolopado
11. Planetário
12. 7 desejos
13. Veneno
14. Você pensa

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

INGRESSOS NAS LOJAS!



Reservas esgotadas. Quem quiser ingresso pode comprar a partir de segunda feira dia 8, (a tarde) nas Lojas Passadisco e Avesso.
COMBATAM OS CAMBISTAS, cheguem cedo nos postos de compra!
A festa no dia 11 no Sítio Zé Donino no Poço da Panela, mesmo lugar do Guaiamum Treloso, tera na abertura o Preto Velho e o DJ 440.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

INGRESSOS PARA O QUANTA!


ATENÇÃO, MUITA ATENÇÃO!!
Quem quiser ingressos para a prévia do Quanta Ladeira, que acontecerá no dia 11 de fevereiro no Sítio Zé Donino, Poço da Panela, mesmo lugar onde aconteceu o Guaiamum Treloso, podem fazer suas reservas pelo telefone 8742.5246 com Luc Luciano.
R$ 30,00
(com direito a camisa com a marca do bloco atrás e a frente lisa para vc usar sua imaginação!)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

JOÃO PAULO NO QUANTA

O ex-prefeito do Recife, João Paulo já confirmou presença no Quanta Ladeira 2010. Desde 2001 que ele não perde uma prévia nem a apresentação no domingo de carnaval do RecBeat, é fã de carteirinha do Bloco. Na foto, ele durante apresentação do bloco em 2008.